domingo, 10 de julho de 2011

O tempo nunca se cansa...

"(...) A falta não é uma insuficiência, um defeito a que estaríamos condenados. A falta é o que nos faz continuar. E o mais importante é aprender, o mais lindo. E a ignorância é a condição de aprender. Não saber e querer saber. É a minha contradição, o que completa o meu destino.Estamos sempre acordados a sonhar. Só de mistura com o sonho, com a esperança ou a desesperança, vivemos. Precisamos de juntar o que é, com o que não é. Estamos sempre a ficcionar. Só assim a vida pode ser vivida.O olhar o espelho e ficar a perguntar quem seremos. É estranho ver uma silhueta, uma mão que se agarra à nossa cabeça, uma boca a sorrir. É bem mais difícil conhecermo-nos do que conquistar um abrigo inimigo.Procura o que tens em ti mesmo sabendo que nunca vais encontrar tudo.Simplesmente adormecer, por vezes é tão difícil. Quando a lucidez se torna insuportável, quando a realidade me arrasa, quando o tempo bate devagar muito devagar à cadência ensurdecedora dos segundos. Porque o tempo, esse, nunca se cansa(...)"


 Os corações também se gastam, Pedro Paixão.

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